A breve estadia de Elon Musk na China trouxe resultados imediatos, com a Tesla Inc. recebendo uma aprovação preliminar das autoridades governamentais para implantar seu sistema de assistência ao motorista no maior mercado automotivo do mundo.

As ações da Tesla subiram mais de 10% nas negociações pré-mercado nos EUA, enquanto a Baidu, parceira de Musk nessa empreitada, teve um aumento de 2,4% em Hong Kong. A Tesla ainda não respondeu aos pedidos de comentário sobre o status de sua tentativa de obtenção de aprovação regulatória.

O fabricante de veículos dos EUA obteve a aprovação sob certas condições, de acordo com uma fonte com conhecimento do assunto, que preferiu permanecer anônima devido à falta de clareza sobre todos os detalhes dos critérios.

A Tesla conseguiu superar dois dos obstáculos mais significativos: fechando um acordo de mapeamento e navegação com o gigante chinês da tecnologia Baidu Inc., e cumprindo os requisitos sobre como lidar com questões de segurança e privacidade de dados, uma autorização crucial para a empresa.

Esses desenvolvimentos ocorreram após a visita não anunciada do CEO da Tesla, Elon Musk, à China no domingo, buscando aprovação para o software de assistência ao motorista que poderia ajudar a reverter a queda de receita da empresa. Embora o conjunto de recursos da empresa exija supervisão constante e não torne os Teslas autônomos, a empresa cobra US$ 8.000 por eles nos EUA, ou US$ 99 por mês para uma assinatura.

Musk se reuniu no domingo com o Premier Li Qiang, que, como secretário do Partido Comunista Chinês em Xangai, ajudou a empresa a estabelecer o que hoje é sua principal fábrica global. Seu jato particular deixou Pequim na segunda-feira, de acordo com o FlightRadar24.

Embora a Tesla tenha sido inicialmente bem recebida na China, sua sorte vem diminuindo à medida que enfrenta uma concorrência mais acirrada de fabricantes de veículos elétricos domésticos liderados pela BYD Co. A participação da Tesla no mercado automotivo da China caiu para cerca de 6,7% no quarto trimestre de 2023, ante 10,5% no primeiro trimestre do ano passado, de acordo com cálculos da Bloomberg com base nos dados da Associação de Carros de Passageiros da China.