O mercado de criptomoedas encolheu US$ 113 bilhões nas últimas 24 horas devido à queda do Bitcoin e de outras criptomoedas principais. O setor continua sofrendo com o fluxo negativo nos ETFs (fundos de índice) à vista de BTC dos Estados Unidos e com a incerteza da política monetária no país.

Na manhã desta segunda-feira (24), o Bitcoin caiu 5%, atingindo US$ 61.177, o preço mais baixo em pouco mais de um mês. Tony Sycamore, analista de mercado da IG Australia Pty, disse à Bloomberg que uma média móvel de 200 dias a US$ 57.500 pode servir como uma zona de suporte para a criptomoeda.

Um indicador dos 100 maiores tokens caiu 5% no acumulado de sete dias até o domingo (23), marcando a desvalorização mais acentuada desde abril, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. O Ethereum (ETH) e a Solana (SOL) enfrentam suas sequências de quedas semanais mais longas desde 2022 e 2021, respectivamente.

David Lawant, chefe de research da FalconX, observou que a dinâmica atual do mercado de criptomoedas é “caracterizada por baixa volatilidade, volumes fracos e books de ofertas desequilibrados quando os preços começam a se mover para os limites de sua faixa”.

As recentes quedas no setor ocorrem em meio a incertezas sobre cortes de juros nos Estados Unidos. O Federal Reserve (Fed) planeja reduzir a taxa atual apenas uma vez neste ano. Para alguns analistas, a retração nos ativos digitais é um sinal de alerta para o apetite pelo risco.

O setor cripto também enfrenta desafios com retiradas nos ETFs à vista de BTC nos EUA. Até quinta-feira (20), esses produtos financeiros registraram saídas de US$ 900 milhões, o pior desempenho desde o início de abril, segundo dados da plataforma SoSoValue.