Os incentivos concedidos às fontes renováveis de energia elétrica no Brasil deverão ultrapassar os destinados aos combustíveis fósseis para termelétricas em 2024, tornando-se o principal subsídio a impactar a tarifa dos consumidores brasileiros, afirmou o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) à Reuters na sexta-feira (10). De acordo com Sandoval Feitosa, os descontos
Os incentivos concedidos às fontes renováveis de energia elétrica no Brasil deverão ultrapassar os destinados aos combustíveis fósseis para termelétricas em 2024, tornando-se o principal subsídio a impactar a tarifa dos consumidores brasileiros, afirmou o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) à Reuters na sexta-feira (10).
De acordo com Sandoval Feitosa, os descontos concedidos a projetos eólicos e solares para utilização dos sistemas de transmissão e distribuição devem alcançar 11,5 bilhões neste ano, superando os 10,7 bilhões destinados à chamada “CCC”, destinada aos combustíveis fósseis.
Historicamente, a CCC representa o maior subsídio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), financiada pelos consumidores de energia elétrica.
A CCC subsidia os combustíveis fósseis utilizados para a geração de energia em sistemas isolados do Brasil, que não estão conectados à rede do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Localizados no Norte e em áreas amazônicas, esses sistemas dependem da geração local de termelétricas mais dispendiosas e poluentes.
Quando combinados com os incentivos de até 8,5 bilhões previstos para a geração distribuída de energia, os descontos concedidos aos projetos renováveis, tanto grandes quanto pequenos, atingiriam a marca de 20 bilhões de reais, quase o dobro do montante destinado à CCC.
Essa tendência parece persistir nos próximos anos, uma vez que as fontes de energia renovável continuam em uma trajetória de expansão robusta, enquanto a CCC tende a diminuir gradualmente com a maior interligação ao Sistema Interligado Nacional (SIN) dos sistemas isolados.
“Entre 2022 e 2023, a Aneel aprovou 142 gigawatts de usinas solares e eólicas, e praticamente todas essas têm direito aos descontos, desde que entrem efetivamente em operação”, explicou o diretor-geral, destacando a possibilidade de um aumento significativo nos subsídios da conta de luz.
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